terça-feira, 14 de maio de 2024

A Lisboa do Passado e do Presente: Animatógrafo do Rossio

Da cidade de outrora aos nossos tempos numa só fotografia

Lisboa cresceu, mas continua diferente, cosmopolita, genuína e tradicional, como se o tempo não tivesse passado por ela.

Mas o que é que mudou realmente? Fomos à procura da resposta e saímos à rua de máquina fotográfica em punho com um objetivo em mente: comparar o antes e o depois, como se o passado e o presente ficassem congelados numa só imagem.

Vem daí connosco numa viagem pelo tempo desde o início do século XX até ao ano de 2019. A próxima paragem é o Animatógrafo do Rossio, na Rua dos Sapateiros.

Poucos locais em Lisboa mudaram tanto de vida como este. O que começou por ser o salão de cinema mais luxoso de Lisboa, tornou-se depois numa sala de teatro infantil e hoje é… uma casa de peep shows.

Mas, se por dentro nada é como antes, na fachada muita coisa continua igual. Mais de um século depois, o 225-229 da Rua dos Sapateiros continua a não deixar ninguém indiferente.

Desde o ano da sua fundação, em 1907, que o Animatógrafo do Rossio chama a atenção pelos seus elementos de Arte Nova, pintados a verde, que emolduram os três vãos da fachada.

Mais discretos, mas igualmente bonitos são os painéis de azulejos dedicados ao tema da luz elétrica, com duas figuras femininas a segurarem candeeiros.

Desde 1994 que este edifício classificado como Conjunto de Interesse Público exibe peep shows, espetáculos de striptease e filmes pornográficos. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…





Créditos: Antunes Fotografia







 

 

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Fortaleza de Peniche

No século XVI, um ataque de corsários franceses originou um dos mais impressionantes fortes de Portugal

A vila piscatória de Peniche desde cedo suscitou preocupação em relação à sua defesa. Em 1557, Dom João III, consciente da necessidade de reforçar a defesa a norte de Lisboa, e depois do violento ataque dos corsários franceses, ordenou o levantamento da defesa de Peniche ao conde de Atouguia, Dom Luís de Ataíde.

A espectacular torre de planta circular seria concluída no ano seguinte, em pleno reinado de Dom Sebastião. Depois de algumas interrupções na obra, em 1589, o arquitecto Filipo Terzo encontrava-se na vila para dar continuidade à obra, tendo edificado quatro baluartes que não cumpriam com as necessidades de defesa do espaço. Tal aconteceu somente no reinado de Dom João IV, no processo de remodelação das fortalezas do reino e do sistema defensivo da costa.

Sob a orientação de Dom Jerónimo de Ataíde, a fortificação era concluída em 1645. Nesta tarefa, estiveram envolvidos o Padre Simão Falónio, da Companhia de Jesus, e o sargento-mor Belchior Lopes de Carvalho. Em 1671, concluir-se-iam os trabalhos de construção do troço amuralhado da praça militar.

Defendida da plataforma terrestre por um fosso, nascia, assim, uma das mais importantes fortalezas do reino com vinte mil metros quadrados de área.

Nos meados do século XVIII, a família Ataíde, dada a sua relação familiar com os Távoras, à época perseguidos pelo marquês de Pombal, viram as suas propriedades confiscadas. Como resultado, as pedras de armas existentes no Baluarte Redondo e na Porta de Armas da cidadela foram picadas, numa tentativa de apagar a memória dos fundadores do forte.



























Forte de Peniche

Construção: Século XVI

Classificação: Monumento Nacional








Página oficialwww.museunacionalresistencialiberdade-peniche.gov.pt



 


 


 


A Lisboa do Passado e do Presente: Animatógrafo do Rossio

Da cidade de outrora aos nossos tempos numa só fotografia Lisboa cresceu, mas continua diferente, cosmopolita, genuína e tradicional, como...