sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Natal em Lisboa 2022


 

A cidade de Lisboa vai uma vez mais, ser o palco perfeito para apreciar as magníficas decorações natalícias a que nos tem habituado.

As suas ruas enfeitadas, as árvores gigantes, o fantástico Teatro D. Maria II, os miradouros, tudo isto vão ser pontos de passagem desta caminhada.

A Caminhada Luzes de Natal em Lisboa passa pelos seguintes locais que o vídeo vai informando





terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Chalet da Condessa d'Edla


 

Elise Friederike Hensler, amante das artes e das letras, foi uma cantora de ópera que conquistou o coração de D. Fernando II, depois de este perder a sua primeira mulher, a rainha D. Maria II.

Hensler, que mais tarde recebeu o título de Condessa d’Edla, construiu em conjunto com D. Fernando um chalet ao estilo alpino na zona ocidental do Parque da Pena, que serviu como local de recreio e refúgio romântico do casal. Este é rodeado por um jardim repleto de encantos por descobrir.

Elise Hensler nasceu na Suíça, em 1836, e viveu largos anos em Boston, nos Estados Unidos da América. Era uma mulher com grande cultura e profunda paixão pelo mundo das artes e das letras, que veio a tornar-se cantora de ópera. Após ter estudado em Paris e atuado em Milão, Elise visitou os palcos portugueses, passando pelo Teatro Nacional de São João, no Porto e, depois, no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. Foi neste último palco que o rei D. Fernando II a conheceu e se apaixonou por ela.

 

Em 1869, já com D. Luís I no trono, D. Fernando II e Elise casam-se, unidos pelo amor à arte e à cultura. O enlace ocorreu dias depois de D. Fernando ter pedido ao seu primo, o Duque Ernesto II de Saxe-Coburgo e Gotha, um título para a sua futura mulher: o de Condessa d’Edla. As opiniões sobre a realização do casamento, quer por parte da nobreza quer da imprensa, foram bastante divididas, nunca tendo sido realmente aceite pelo público.

 

O casal utilizava Sintra, mais concretamente o Parque e o Palácio da Pena, propriedade de D. Fernando II, como o seu refúgio. Ambos apaixonados pela botânica, intensificaram as plantações no parque, incluindo neste jardim romântico espécies provenientes de várias partes do mundo.

 

Num dos recantos do parque, o casal começou a construção de um chalet que a própria condessa desenhou e projetou. Tanto o chalet como o jardim em seu redor são de extrema sensibilidade romântica e caráter privado. Estrategicamente situado a poente do Palácio da Pena, o edifício é inspirado nos chalets alpinos, num estilo então muito em voga na Europa. O chalet apresenta uma envolvente cenográfica, que reflete as facetas artísticas do casal. De um gosto singular, a sua fachada e os seus interiores são inigualáveis. No exterior, o jardim que envolve o chalet oferece uma paisagem exótica em que se destacam a Feteira da Condessa, o Jardim da Joina, o Caramanchão e o labirinto de Pedras do Chalet.

 

Aquando da morte de D. Fernando, em 1885, o rei deixa em testamento todos os seus bens, incluindo o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, à Condessa d’Edla. Após um processo judicial – que tinha como objetivo que este património passasse para a Coroa portuguesa –, Elise acabou por vender o Parque e Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros ao Estado, ficando com usufruto do chalet e do respetivo jardim até 1904.

 

Em 1999, o Chalet da Condessa d'Edla foi consumido por um incêndio, tendo reaberto ao público em 2011, depois de quatro anos de obras de recuperação em que a Parques de Sintra levou a cabo a reconstrução deste edifício de grande valor cultural, histórico e artístico. O projeto foi distinguido em 2013 com o Prémio União Europeia para o Património Cultural – Europa Nostra, na categoria de Conservação.



















Central Tejo


A Central Tejo foi uma central termoeléctrica, propriedade das Companhias Reunidas de Gás e Electricidade (CRGE), que abasteceu de electricidade toda a cidade e a região de Lisboa, estando situada em Belém, na capital portuguesa. Desde 1990, a Central Tejo está aberta ao público como Museu da Electricidade/Circuito Central Elétrica

O seu período de actividade está compreendido entre 1909 e 1972, se bem que a partir de 1951 foi utilizada como central de reserva. Ao longo do tempo sofreu diversas modificações e ampliações, tendo passado por diversas fases de construção e produção.

A primitiva Central Tejo, cujos edifícios já não existem, foi construída em 1909 e funcionou até 1921. Em 1914, iniciaram-se as obras dos edifícios de caldeiras de baixa pressão e da sala de máquinas que, posteriormente, foram ampliados várias vezes. Finalmente, em 1941 teve lugar a construção do edifício das caldeiras de alta pressão, o corpo de maior envergadura da central, o qual foi ampliado em 1951 com a inclusão de mais uma caldeira.

                                 

Embora tenha funcionado pela última vez em 1972, o seu encerramento oficial só aconteceu em 1975, ficando assim, um testemunho de um património arqueológico industrial de grande importância para a cidade de Lisboa. Por esta razão, foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1986

Os edifícios construídos em 1909, que já não existem, constituíam a primitiva Central Tejo que se manteve a trabalhar até 1921. Foi desenhada e projectada pelo engenheiro Lucien Neu e a sua construção ficou a cargo da firma Vieillard & Touzet (este último, Fernand Touzet, discípulo de Gustave Eiffel).

Durante anos a maquinaria foi sendo modificada para aumentar a potência da central e, em 1912, momento em que se encontra todo o equipamento instalado, a central dispunha de quinze pequenas caldeiras Belleville e cinco grupos geradores com uma potência de 7,75MW. Desde 1916 até ser desactivada em 1921, recebeu vapor das novas cadeiras instaladas no edifício actual da baixa pressão sendo desactivada, desmantelada e usada como arrecadações e oficinas a partir dessa data até 1938, momento em que foi demolida para a construção do edifício das caldeiras de alta pressão.









 Central Tejo ou Museu de Eletricidade, Belém, Lisboa


Super Lua

Super Lua 19 Agosto 2024 em Lisboa