A poucos
minutos de Lisboa fica um pequeno paraíso ideal para relaxar na Natureza,
descansar ou praticar exercício. Descubra a Lagoa Azul de Sintra.
Morar em Lisboa e nunca ter ido passar um dia na Lagoa Azul é quase um crime. A
poucos minutos da capital, este pequeno paraíso oferece aos seus visitantes
óptimos momentos para relaxar, contemplar a Natureza e até existe a
possibilidade de praticar vários desportos. A Lagoa Azul é procurada quer por
veraneantes solitários em busca de sossego, quer por grupos desportivos que
dali arrancam para passeios de BTT, quer por caminhantes que fazem observação
de espécies, e por famílias que aproveitam o espaço para se deliciarem com
piqueniques e brincadeiras ao ar livre.
A
zona é de fácil acesso pedestre e de carro, e tem algum espaço para
estacionamento, mas fica facilmente congestionada, por isso, para quem quiser
desfrutar da área em pleno, o melhor é evitar alturas de pico de frequência,
como os fins-de-semana à tarde, sobretudo se estiver bom tempo. Leve sapatos e roupa
confortável (agasalhe-se de Inverno, pois a zona fica bastante fresca) e
entregue-se às actividades na natureza. Pode entreter-se a apanhar pinhas com
crianças, a caminhar, a apanhar sol, a aproveitar a sombra e o ar fresco, ou a
observar a rica fauna da Lagoa.
Dentro
de água, encontra, por exemplo, patos, cágados, tartarugas, mexilhões de água
doce, carpas e percas. Já existiram também alforrecas de água doce, lagostins e
camarões, mas há alguns anos que nenhuma destas espécies é avistada. Fora de água,
as espécies mais características são o chapim-rabilongo, o chapim-carvoeiro, o
pombo-torcaz, e por vezes até o gavião dá um ar de sua graça, para além de
outras aves mais comuns que podem ser encontradas.
O
movimento acentuado de visitantes da Lagoa Azul nem sempre tem sido positivo,
pois é comum encontrar lixo e detritos deixados por grupos, fato que tem
contribuído para a alteração e redução da fauna da Lagoa. A água e a envolvente
têm sido sujeitas a acções de limpeza por parte das entidades municipais e de
voluntários, no sentido de proteger o local e reduzir a probabilidade de
incêndios. Ainda assim, os banhos na lagoa não são recomendáveis actualmente
devido à poluição e contaminação da água.
Formação da Lagoa Azul
A
existência da Lagoa Azul deve-se à alteração dos granitos do maciço de Sintra
que, por acção dos diversos agentes erosivos, originam areias e argilas que vão
revestir e impermeabilizar o fundo da lagoa evitando que a água que aí se
acumula não escoe, sendo aqui o papel das argilas fundamental graças à reduzida
dimensão das suas partículas.
Fauna e Flora
A represa tem vários animais como os peixes gambusia (Gambusia holbrooki) que
é uma espécie não indígena, introduzida, a perca-sol (Lepomis gibbosus) e a
boga portuguesa (Chondrostoma
lusitanicum), e é um local com muitas rãs, sendo fácil ver girinos
na época de reprodução. Na albufeira, existe o cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis),
espécie em regressão. A ocorrência neste local é justificada pela possível
reintrodução a partir de exemplares de cativeiro. Na Lagoa Azul foi detectada a
presença da espécie Trachemys
scripta elegans (tartaruga americana).
Entre as espécies de aves características deste local, podem
referir-se o pombo torcaz (Coplumba
palumbus), o chapim-carvoeiro (Parus
ater) e o chapim-rabilongo (Aegithalos
caudatus), bem como diversos passeriformes mais comuns. Na
Albufeira, existem também patos selvagens da espécie pato-real (Anas platyhynchos).
Observam-se várias plantas aquáticas e outras espécies como o Pinheiro manso (Pinus pinea);
Carvalho-negral (Quercus
pyreneica); Carvalho-alvarinho (Quercus
robur); Carvalho cerquinho (Quercus
faginea); Cravo-romano (Armenia
pseudarmeria); Tojos (Ulex
sp.); Estevas (Cistus
sp.); Urze (Calluna
vulgaris); Carqueja (Genista
tridentata); Cravo de Sintra (Dianthus
Cintra).
Coordenadas
da Lagoa Azul:
Estrada
da Lagoa Azul, Sintra
38°
46′ 5.0333” N
9°
23′ 59.3387” W
Imagens da Lagoa Azul em Sintra
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