São mais de 200 objetos da NASA e de outras agências
espaciais, como a da antiga União Soviética, na exposição Cosmos Discovery. A
mostra, que pretende contar o passado, o presente e o futuro da exploração
espacial, divide-se em seis galerias que ocupam cerca de dois mil e 500 metros
quadrados, numa enorme tenda montada para o efeito.
Os visitantes terão a oportunidade de ver modelos de
foguetes, cápsulas, equipamentos, fatos espaciais e até pedaços de asteróides
com milhões de anos. Em Cosmos Discovery, poderemos também reviver as histórias
de quem andou pelo espaço, como a cadela Laika, o primeiro ser vivo a ser
lançado para o universo, Yuri Gagarin, o primeiro homem a viajar pelos cosmos,
e Valentina Tereshkovae, a primeira mulher a partir numa nave espacial.
Também o chimpanzé americano Enos será recordado,
através de uma réplica da cápsula em que viajou, em 1961, a bordo da nave
Mercury. Ou o astronauta David Scott, de quem Cosmos Discovery mostra um casaco
que usou quando pisou a Lua durante a missão Apollo 15. Não faltam objetos do
quotidiano no espaço, expostos nas vitrines da exposição: sacos de comida
embalada (doce de pêssego, salada de atum, bolachas de água e sal), as meias de
Donald Kent Slayton, o cantil onde Yuri Gagarin levava vodca, pacotes de
higiene da Apollo, uma t-shirt usada por William Reid Pogue na viagem ao espaço
do programa espacial norte-americano Skylab, três módulos básicos originais da
nave espacial soviética Soyuz.
“Assim que entrarem na primeira galeria, as pessoas
vão sentir-se num ambiente espacial. E ver as necessidades que eles
[astronautas] passavam, entendendo como as coisas funcionavam. Chegam ao fim da
exposição e apercebem-se como a exploração espacial é importante para a
humanidade”, acredita José Araújo, produtor executivo da empresa World Crew
Events e da Cosmos Discovery em Portugal. “Esta exposição pode levar os
visitantes a explorar um universo paralelo ao nosso”, acrescenta. É a primeira
vez que o foguete Lunar que foi usado nas missões Apollo é exibido fora dos
Estados Unidos da América e na mostra estão também partes originais do motor F1
do foguetão Saturno V.
Cosmos Discovery, que começa a sua digressão em
Lisboa e vai viajar pelo mundo nos próximos cinco anos, tem ainda mesas de
controlo de missões originais e um modelo à escala da nave americana Mercury. E
num cockpit de uma nave espacial, onde nos deixam entrar e sentar, será
possível imaginarmo-nos astronautas, a viajar pelo espaço.
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