segunda-feira, 7 de setembro de 2020

PÁTIOS E VILAS DE LISBOA

 A partir dos meados do século XIX, um lento processo de industrialização vai provocando a concentração em Lisboa da mão de obra operária. A população da cidade aumenta, mas também se modifica a respectiva composição social, uma classe operária começa a emergir.

 As famílias operárias vêm-se obrigadas a procurar alojamento em espaços desocupados ou velhos pardieiros arruinados, onde improvisam eles próprios precárias habitações, mediante o pagamento de uma renda ao proprietário. É assim que surgem os pátios.

Com o incremento da indústria, acompanhado pelo das obras públicas e da própria construção civil, as necessidades crescentes de mão de obra intensificam o processo de urbanização  e o afluxo de populações à capital. Com este desenvolvimento, provocado pelo aumento de uma procura cada vez mais intensa, aparece uma nova forma de promoção imobiliária, com a construção de conjuntos habitacionais precários e de alta densidade, dando origem, nos finais de oitocentos, às vilas operárias.

De uma configuração muito diversificada, adaptada às dimensões do lote, ao relevo e à relação com o espaço público, as vilas alastram nos primeiros anos do século XX, localizando-se nas franjas periféricas da cidade, em terrenos de pouca valia, muitas vezes insalubres














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