A partir dos meados do século XIX, um lento processo de industrialização vai provocando a concentração em Lisboa da mão de obra operária. A população da cidade aumenta, mas também se modifica a respectiva composição social, uma classe operária começa a emergir.
As famílias operárias vêm-se obrigadas a procurar alojamento em
espaços desocupados ou velhos pardieiros arruinados, onde improvisam eles
próprios precárias habitações, mediante o pagamento de uma renda ao
proprietário. É assim que surgem os pátios.
Com o incremento da indústria, acompanhado pelo das obras públicas e da
própria construção civil, as necessidades crescentes de mão de obra
intensificam o processo de urbanização e o afluxo de populações à
capital. Com este desenvolvimento, provocado pelo aumento de uma procura cada
vez mais intensa, aparece uma nova forma de promoção imobiliária, com a
construção de conjuntos habitacionais precários e de alta densidade, dando
origem, nos finais de oitocentos, às vilas operárias.
De uma configuração muito diversificada, adaptada às dimensões do lote, ao
relevo e à relação com o espaço público, as vilas alastram nos primeiros anos
do século XX, localizando-se nas franjas periféricas da cidade, em terrenos de
pouca valia, muitas vezes insalubres
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