sexta-feira, 13 de julho de 2018

Entre a Espada e a Palavra - Photo-Metragens


O que é que nos divide e o que é que nos une? Como é que as pessoas vivem sob a sombra da repressão cultural ou do domínio político? O fotógrafo sul-africano Pieter Hugo (Joanesburgo, 1976) aborda estas questões nos seus retratos, nas suas naturezas-mortas e nas suas paisagens.
Criado na África do Sul durante o período pós-colonial, tendo testemunhado o fim do apartheid, em 1994, Hugo mostra uma intensa sensibilidade na observação das dissonâncias sociais. Com a sua máquina fotográfica, percorre todas as classes sociais de uma forma perspicaz, não apenas no seu país natal, a África do Sul, mas também noutras paragens, como o Ruanda, a Nigéria, o Gana, os Estados Unidos e a China. As suas fotografias captam os vestígios visíveis e invisíveis e as cicatrizes das vivências biográficas e da experiência histórica nacional. Hugo mostra especial interesse pelas subculturas sociais, pelo fosso entre o idealizado e o real.
As suas imagens apresentam-nos sem-abrigo, albinos, doentes com SIDA, domadores de hienas, serpentes e macacos, pessoas que reúnem ferros-velhos em cenários apocalípticos, atores de Nollywood em trajes e poses impressionantes, assim como a sua família e os seus amigos.
As suas fotografias estão isentas de qualquer hierarquia: todos são tratados com o mesmo respeito. Sendo mais um artista do que um antropólogo ou um repórter, Hugo capta o «momento de vulnerabilidade voluntária» (Pieter Hugo) com uma linguagem visual concisa e pronunciadamente imparcial, embora simultaneamente empática, criando assim verdadeiros retratos de uma poderosa franqueza. Em muitos casos, esta humanidade contrasta fortemente com as provações da realidade social em que as pessoas retratadas estão envolvidas. É neste sentido que as naturezas-mortas e as paisagens das imagens de Pieter Hugo se apresentam ocasionalmente como comentários sociais ou metáforas, complementando os seus retratos socioculturais.












































BIOGRAFIA
Pieter Hugo (nascido em 1976 em Joanesburgo) é um artista fotográfico que vive na Cidade do Cabo. As principais exposições individuais do museu foram realizadas no Museu de Fotografia de Haia, no Musée de l'Elysée em Lausanne, no Museu Ludwig em Budapeste, no Fotografiska em Estocolmo, no MAXXI em Roma e no Instituto de Arte Moderna de Brisbane, entre outros. Hugo participou em numerosas exposições colectivas em instituições como a Tate Modern, o Museu Folkwang, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Bienal de São Paulo. Sua obra está representada em importantes coleções públicas e privadas, entre elas o Museu de Arte Moderna, Museu V & A, Museu de Arte Moderna de São Francisco, Museu Metropolitano de Arte Moderna, Museu J Paul Getty, Coleção Walther, Grupo Deutsche Börse, Museu Folkwang e Huis Marselha. Hugo recebeu o Discovery Award no Rencontres d'Arles Festival e o KLM Paul Huf Award em 2008, o Seydou Keita Award na Bienal Africana de Fotografia Rencontres de Bamako em 2011, e foi finalista do Deutsche Börse Photography Prize 2012.






Photo-Metragens, de João Miguel Barros


Um trabalho de João Miguel Barros que é de facto uma sequência de photo-metragens, algo cinematográficas ligadas por uma linha exterior de um preto e branco esmagador .  Excelente, paredes meias com Pieter Hugo , não fosse este tinha perdido uma belissima proposta











































Biografia
João Miguel Barros nasceu em 1958.
É advogado de profissão, em Lisboa e Macau.
Foi codiretor da revista de cultura e artes visuais SEMA (1979-1982). Recentemente começou a
expor os seus trabalhos, tendo publicado o livro de fotografia Between Gaze and Hallucination.
É curador freelancer na área da fotografia contemporânea. Nos últimos anos tem vindo a estudar os principais artistas contemporâneos chineses






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