A exposição abre com os retratos dos domadores de
Hienas, que tornaram Pieter Hugo famoso e lhe valeram o World Press Photo em
2006. Lembro-me delas dessa altura e, no entanto, desconhecia o trabalho
registado nas restantes 14 séries que compõem esta retrospectiva. Fico
feliz por poder agora dizer que conheço um pouco mais da obra deste
que é um dos fotógrafos incontornáveis dos nossos tempos. Ali estão momentos,
pessoas, sentimentos, os contrastes que tanto fascinam o fotógrafo,
imortalizados de uma maneira tão crua, tão bela e marcante que ainda hoje
me continuam no pensamento, quase uma semana depois de ter estado
na inauguração.
Marcado pelos "os vestígios visíveis e
invisíveis e as cicatrizes das vivências biográficas e da experiência histórica
nacional, Hugo mostra especial interesse pelas subculturas sociais, pelo fosso
entre o idealizado e o real (...). O que é que nos divide e o que é que nos
une? Como é que as pessoas vivem sob a sombra da repressão cultural ou do
domínio político? O fotógrafo sul-africano Pieter Hugo (Joanesburgo, 1976)
aborda estas questões nos seus retratos, nas suas naturezas-mortas e nas suas
paisagens", numa grande exposição trazida
a Portugal pelo Museu Colecção Berardo, a que hei de voltar pelo menos mais uma vez. A
densidade temática, o impacto e a beleza daquelas fotografias assim o
exige.
As fotografias estarão em exposição até Outubro,
por isso não percam a oportunidade de as visitar, é absolutamente imperdível.
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