sábado, 27 de outubro de 2018

Casa da Cerca


História
A data de edificação da Quinta da Cerca permanece ainda vaga, sabendo-se apenas que se trata de um solar típico dos séculos XVII-XVIII.
A capela terá sido construída numa fase posterior à da construção do edifício principal.

Sabe-se que o tecto da capela foi trazido da Quinta do Pombal, também em Almada, na altura em que a quinta pertencia à família Teotónio Pereira. Pensa-se que a Quinta da Cerca e o antigo Convento de S. Paulo terão sido um única propriedade, devido à proximidade dos dois edifícios e à confluência dos seus terrenos.
Durante as Invasões Francesas esta casa serviu de aquartelamento ao regimento de Junot sedeado em Almada. 
A quinta foi passando de proprietário em proprietário, até ser totalmente abandonada. Em 1974, após a revolução do 25 de Abril, a casa é ocupada por alguns serviços do Hospital de Almada, que necessitava de espaço.

Em 1988 a Casa da Cerca é comprada pela Câmara Municipal de Almada e restaurada.

A reutilização do espaço começa ainda em 1989, com a VI Festa de Teatro de Almada. Desde então todas as edições do Festival Internacional de Teatro de Almada são, anualmente, apresentadas na Casa da Cerca.

Abre as portas como Centro de Arte Contemporânea em 1993, recebendo desde essa data reconhecidos artistas e exposições, de projecção nacional e internacional.

Arquitectura

A Casa da Cerca insere-se nas tradicionais quintas de recreio, tendo sido alvo de várias intervenções ao longo dos séculos cujas marcas perduram na linguagem barroca e romântica do edifício.

Pensa-se que o nome da Quinta tem a ver com a proximidade a uma das cercas da zona mais antiga de Almada, que assegurava a defesa da vila desde a Idade Média. A própria rua onde se situa o actual Centro de Arte Contemporânea chama-se Rua da Cerca e ainda são visíveis parcelas dessa “cerca”. A Quinta da Cerca prolonga-se por 14 000 m2 tendo sido, em tempos, composta por logradouro, terras de semeadura, vinhas, horta, pomar e jardim. Actualmente conserva a capela, a cisterna e arrecadação.

A Quinta da Cerca revela um modelo clássico da arquitectura civil dos séculos XVII – XVIII, através de uma planta em U, de fachadas simples e lineares, sendo este edifício considerado o maior e mais característico exemplar de arquitectura civil setecentista da cidade.

Pensa-se que poderá ter sido moradia de uma família da burguesia ascendente ou talvez casa de férias de uma família nobre.

Os azulejos que decoram a capela são setecentistas, de desenho figurativo a azul cobalto, representando a Anunciação, a Visitação, a Adoração dos Pastores, a Adoração dos Magos, s. Francisco, Stº António e o Cristo Crucificado.

Rua da Cerca - Almada



























































































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