Na minha opinião, o primeiro
passo para aprender a tirar melhores fotografias é deixar de usar o modo
automático na câmara, tendo mais controlo no aspecto final da fotografia.
Para isso, têm de saber bem as três
funções básicas da câmera, que são: a velocidade de obturação, a abertura do
diafragma e a sensibilidade ISO. Perceber e saber aplicar estas três funções é
o básico de um fotógrafo, seja amador ou profissional e será aplicado em
qualquer fotografia que tirem.
Não irei entrar em demasiados detalhes
técnicos, nem sobre a história desde as primeiras câmeras até ao mundo digital.
Irei tentar explicar através de palavras simples, o que cada função representa.
Para não ter um post gigante, vou-o dividir em várias partes.
A sensibilidade ISO, normalmente
referida apenas como ISO, é a sensibilidade da película à luz ou sensor de luz
da câmera, uma convenção antiga que se referia à película fotográfica e que foi
também adoptada nas máquinas modernas digitais. Quanto menor o ISO, menor a
sensibilidade à luz do sensor.
Escrevendo em linguagem mais acessível,
utiliza-se um ISO baixo (normalmente ISO 50, 100, 200 e 400) quando o sujeito,
seja uma pessoa ou paisagem que estão a fotografar, está bem iluminado. Quando
este sujeito está pouco iluminado, por exemplo dentro de um pavilhão com pouca
luz ou ao anoitecer, um aumento da ISO irá resultar num aumento de luz na
fotografia, não ficando tão escura.
O aumento da ISO levará a um aumento da
degradação da fotografia, isto é, a fotografia vai ficar com o chamado “ruído”
(noise em Inglês). A quantidade de “ruído” numa fotografia irá depender de
câmera para câmera, mas é sempre aconselhável usar o menor ISO possível, para
ter a melhor qualidade fotográfica. O ISO na minha câmera tem os seguintes
valores: 100, 200, 400, 800, 1600, 3200, 6400, 12800 e 25600. Sendo que a
partir do ISO 6400 a imagem começa a ficar com uma qualidade não
aceitável. Em 90% das minhas fotografias, eu uso ISO 100.
Em baixo está um diagrama a explicar o que descrevi anteriormente
Tirei algumas fotografias para
perceberem na prática o que é a degradação da imagem devido ao aumento da
sensibilidade ISO. As fotografias que aparecem em baixo, foram ampliadas, para
se notarem melhor as diferenças. Se carregarem na fotografia, podem ver em
ponto grande e analisá-las melhor.
O sujeito, neste caso a planta dentro do
vaso, estava bem iluminado, portanto as diferenças entre ISO 100 e ISO 400 são
poucas, notando-se apenas um pouco na sombra do vaso e na planta. A partir da
ISO 1600 começa a aparecer algum ruído e da ISO 6400 até à ISO 25600 as imagens
tornam-se inutilizáveis.
O que fazer então para manter a
qualidade da fotografia em ambientes mais escuros?
Há duas opções fáceis que são a variação
da velocidade de obturação e/ou da abertura do diafragma, dentro de alguns
limites. de que irei falar nas partes 2 e 3 deste Post.
Pode-se fazer também uma correcção do
ruído através de softwares, mas é sempre aconselhável tirar a
fotografia o melhor possível e corrigir o menos possível, pois leva a uma
pequena perda de definição, tornando a imagem um pouco “suave”. A foto em baixo
mostra as fotografias tiradas com ISO 100 e ISO 25600 e à direita a fotografia
com ISO 25600 com o nível de ruído corrigido através de um software.
Podem ver a perda de detalhe principalmente no canto inferior esquerdo, em que
na primeira imagem aparece o vaso a branco e nas imagens ISO 25600 aparece
escuro e sem detalhe.
Espero que tenham gostado e
que se mantenham comigo nos próximos Posts
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